A Basílica da Estrela encontra-se situada na cidade de Lisboa, em Portugal.

Uma das principais características da igreja e a sua cúpula, sempre apresentada no alto de uma colina, ao oeste do município.
Antecedentes da Basílica da Estrela
Em 1760, no dia do seu casamento, a princesa herdeira D. Maria Francisca, que se tornaria mais tarde na rainha D. Maria I de Portugal, fez um voto de que construiria uma igreja caso tivesse um filho varão para herdar o trono.
O seu desejo foi satisfeito logo no ano seguinte. Assim, a construção do templo viria a iniciar-se no ano de 1779 com o objetivo de ficar a cargo das religiosas Carmelitas Descalças.
Infelizmente, entretanto, o menino, que havia recebido o nome de José, acabou por falecer vítima de varíola, dois anos antes de se terminar a construção, em 1790.
É também digno de nota que esta foi a primeira igreja no mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.
Construção da Basílica da Estrela

A basílica foi projetada pelo Mateus Vicente de Oliveira o projeto foi encomendado pela D. Maria I, em 1777 depois que o rei D. José I de Portugal faleceu, a conclusão do projeto aconteceu em 1779, com a aprovação de D. Maria I, ela também escolheu o local conhecido como Casal da Estrela, que era propriedade da Casa do Infantado.
No entanto, em Março de 1785, com a morte de Mateus Vicente, este viria a ser substituído por Reinaldo Manuel dos Santos que acabou por alterar radicalmente a planta inicial.
Assim, o projeto de uma igreja que se apresentava sóbria e simples viria a ser substituído por um outro que contemplava um edifício mais elaborado e ornamentado com muitas semelhanças ao Convento de Mafra.
A arquitetura da basílica era inspirada na matriz rocaille, para o estilo iluminista de feição clássica comum na época na região da Baixa Pombalina de Lisboa, a igreja poderia ser considerada um retorno aos estilos anteriores.
Caraterísticas da Basílica da Estrela
A Basílica da Estrela é um edifício com planta em cruz latina, sendo o seu acesso realizado por uma escadaria de dois lances.
A fachada, encontra-se dividida em dois pisos e sete panos, sendo ritmada por colunas dóricas, arcos de volta perfeita e nichos com estátuas, que se encontram sobrepujados por frontões triangulares e mistilíneos.
Os três arcos centrais acabam se sobressair, formando uma galilé. Quanto aos corpos laterais, prolongam-se verticalmente em duas torres sineiras.
Quanto ao modelo de inspiração rocaille, fruto do projeto de Mateus Vicente, termina no entablamento que divide os dois pisos da fachada, sendo que a parte superior da basílica é obra de Reinaldo Manuel.
O projeto de frontão contracurvado de Mateus Vicente acabou sendo substituído pelo frontão triangular de Reinaldo Manuel, encontando-se o tímpano e o vão central preenchidos por um baixo-relevo.
Já no prolongamento das colunas encontram-se colocadas quatro esculturas de vulto, da autoria de Machado de Castro.
Outra coisa que acabou sofrendo alterações em relação ao projeto original são as torres.

Dando-se estilo às formas contracurvadas, a sua cobertura bulbosa passa a surgir com uma silhueta mais sóbria, o mesmo sucedendo à cúpula do cruzeiro, elevando-se a altura do tambor e concebendo um esguio lanternim também de linhas contracurvadas, mas mais leves e de maior graciosidade. A delicadeza e claridade do estilo rocaille predomina também no interior unificado da igreja, associando-se ao revestimento multicolor dos mármores.
A iluminação que vem da cúpula lanternim do cruzeiro, oferece uma atmosfera de calmaria e paz, elevando a sensação de espiritualidade do ser humano.
Quase todos os retábulos possuem pinturas executadas pelo grande pintor italiano da época, o romano Pompeo Batoni, com exceção de apenas um dos quadros retabulares.
Com a mistura de estilos por apresentar elementos neoclássicos e barroco tardio, a Basílica de Estrela é uma das mais importantes representações da época.
É este o próprio panteão de D. Maria I (promotora da obra), a única rainha da Dinastia de Bragança que não está sepultada no Mosteiro de São Vicente de Fora, com exceção de D. Pedro, o imperador do Brasil, que se encontra sepultado em São Paulo.