fortes emoções, como é o caso do quadro que retrata a morte de seu amigo Marat.
Já no século XIX, quando outras tendências artísticas marcavam fortemente os pintores da época, Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867) conservava uma acentuada influência neoclássica, herdada de seus mestres, sobretudo de David, cujo ateliê freqüentou em 1797.
Sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no seu gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade.
Por outro lado, Ingres revela um inegável apuro técnico na pintura do nu. Sua célebre tela Banhista de Valpinçon é um testemunho disso. Nessa obra fica evidente o domínio dos tons claros e translúcidos para a representação da pele e o domínio do desenho, uma das características mais fortes de Ingres.